domingo, 14 de janeiro de 2024

O Moinho Fluminense nas Lentes dos Mais Importantes Fotógrafos do Rio de Janeiro





 Projeto do maquinário para o Moinho Fluminense da firma Thomas   Robinson & Son- 1887.




Esta fotografia foi tirada durante a Revolta da Armada, em 1893. Da esquerda para a direita, o Morro da Saúde com a antiga Igreja da Nossa Senhora da Saúde, que data de 1742; o Largo da Harmonia e o Moinho Fluminense. No panorama de Marc Ferrez, a fachada lateral do Moinho Fluminense se diferencia do restante da paisagem carioca pela altura de cinco andares, incomum para a época, e a sequência em três módulos iguais, com forte declive dos telhados, elementos pertencentes ao vocabulário da arquitetura industrial inglesa. Vista da Prainha e Saúde, Gamboa. Foto de Marc Ferrez, 1893. COLEÇÃO GILBERTO FERREZ. ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES




Nesta foto do final do século XIX, de Marc Ferrez, à esquerda, veem-se as velhas docas antes da construção do cais atual. Onde estão atracados os barcos e navios, hoje se localizam a Av. Rodrigues Alves e a Av. Venezuela, em área aterrada pelo prefeito Pereira Passos em 1906. Naquela época, um dos lados e os fundos do Moinho eram banhados pelo mar e ali atracavam os barcos pequenos que abasteciam de trigo suas máquinas de moagem. O prédio foi erguido neste local basicamente com a finalidade de facilitar o recebimento do trigo, que vinha todo por mar. À direita, o edifício quadrangular e o mercado da Praça da Harmonia, em funcionamento desde 1856. Juntamente com o da Praça XV e o da Glória, constituíam os três únicos negócios do gênero existentes na cidade. ACERVO CENTRO DE MEMÓRIA BUNGE




Esta imagem, do início do século XX, talvez a mais antiga ilustração do Moinho Fluminense, apresenta uma nítida leitura do primeiro projeto. A fachada, na Rua da Saúde, está acrescida por um imóvel de três andares destinado à administração da empresa, anexado em 1896. A fotografia data do ano 1909 e a autoria é de Luiz Musso & Irmão – MUSEU DA IMAGEM E DO SOM/CENTRO DE MEMÓRIA BUNGE





  A fachada principal do Moinho em 1904 e o passadiço entre o   edifício principal e o       armazém antes do aterro, vistos do mar.




Fachada do Moinho em 1913, após acréscimo de mais quatro andares sobre o original.



                

                                 
Projeto Arquitetônico da Fachada e dos Armazéns I e II





Armazém Nº 1 - 1920 - Acervo Centro de Memória Bunge






Armazém Nº 2 - 1920 - Acervo Centro de Memória Bunge




Outdoor do Moinho em Belo Horizonte, Minas Gerais. Na parte de cima do anúncio, o perfil sombreado das instalações no Rio de Janeiro, 1927.

A GRANDE EXPANSÃO DO MOINHO FLUMINENSE APÓS SUA AQUISIÇÃO PELO GRUPO BUNGE
A aquisição do Moinho Fluminense pelo Grupo Bunge, em 1914, traz importantes inovações. A primeira é tornar o funcionamento do Moinho mais eficiente. São previstos pela nova diretoria importantes investimentos em modernos maquinários e, como consequência, a inovação e a ampliação da construção existente. Esses grandes esforços encontram o primeiro reconhecimento por ocasião da Exposição Internacional de 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. Nessa circunstância, o Moinho Fluminense, ao exibir os resultados conseguidos em nível nacional, recebe um prêmio e a medalha de ouro.


No que concerne ao processo construtivo, voltado à ampliação das estruturas, a leitura dos numerosos projetos permite dar conta da sucessão de obras realizadas até o Moinho adquirir o atual aspecto. Em muitos desses documentos, torna-se difícil identificar os assinantes responsáveis. Entretanto, no projeto relacionado à construção do novo moinho, apresentado em 1926, entre as diferentes assinaturas, encontra-se o nome de Leopoldo Gianelli. Esse fato vem confirmar a permanência de Leopoldo Gianelli na qualidade de diretor-presidente da S.A. Moinho Fluminense, até seu falecimento, que ocorrera em 20 de novembro de 1927. A partir dessa data a gestão do Moinho Fluminense pertence exclusivamente ao Grupo Bunge.



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